Quo Vadis






FILMES QUE EU AMO / sessão 13

1.A PÁSCOA NO CINEMA
Há tradições e tradições. Umas abomino-as. Outras acho-as sugestivas. Uma tradição, por si só, não vale nada. Cada tradição tem de ser avaliada pelo que transporta consigo. Vem isto a propósito de uma tradição que existia, primeiro nas salas de cinema, depois nos canais de televisão, de programarem filmes mais ou menos bíblicos na época da Páscoa e obras de cariz natalício na quadra respectiva. Uma tradição que se foi perdendo e que me causa alguma pena. Talvez por eu ter uma formação de História e por esses filmes abordarem temas que, muito embora com grande “liberdade poética”, falam de um período interessante desse ponto de vista e que nos diz muito, cristãos ou não cristãos. 
Quando era jovem, não perdia as estreias ou as reposições de grandes clássicos na Páscoa. Depois, fui sempre acompanhando com interesse as novas interpretações e desenvolvimento que o tema mereceu. Desde muito cedo que a vida de Cristo interessou os cineastas. Desde  o início do cinema. Outra coisa não seria de esperar, dado que a representação da vida do Messias tem desde sempre apaixonado escritores e poetas, pintores e escultores, iluministas e compositores, dramaturgos e arquitectos. A hagiografia de Jesus multiplica-se até à exaustão. Em cada período da história da Arte Ocidental, existem múltiplas tentativas de representar Cristo, e muitas vezes a polémica que hoje assola o cinema esteve presente nesses séculos recuados, quando à imagem convencional de Cristo se contrapunha uma nova visão. Certamente que para aqueles que cultivavam uma imagem austera do Cristo românico, deverá ter causado um grande choque a descoberta de uma imagem renascentista, recuperando uma “humanidade” corporal que parecia recusar a extrema espiritualidade de outrora. Mas cada novo olhar representava talvez uma nova forma de encarar o milagre e de o aproximar dos homens. Óbvio que existem formas iconoclastas de representar o filho de Deus, mas muitas vezes, mesmo por detrás da mais iconoclasta visão encontra-se um olhar místico. Não será Luís Buñuel um dos cineastas do sagrado, apesar de ser igualmente um dos que aparentemente mais põe em causa a religião?
Procurei manter esta tradição quando assumi a orientação do cinema na TVI, durante os seus primeiros anos. Sem ter recebido nenhum “recado” para assim proceder, procurei reeditar o que tinha sido a minha feliz vivência desses dias e destes espectáculos. “Quo Vadis” e a imagem inesquecível de Peter Ustinov, de polegar virado para baixo, na figura do louco imperador romano, bem como muitos outros filmes bíblicos, fizeram-me recordar as Páscoas da minha infância e adolescência.
Estas exibições evoca-me Semanas Santas passadas em salas de cinema, nos anos 50 e 60, e ainda na década de 70, onde devorava filmes bíblicos, de “Os Dez Mandamentos”, de Cecil B. De Mille, a “Ben-Hur”, de William Wyller, deste mesmo “Quo Vadis” a “A Maior História de Todos os Tempos”, de George Stevens, de “O Rei dos Reis”, de Nicholas Ray, até “O Evangelho segundo São Mateus”, de Pier Paolo Pasolini, passando por outros que tocavam ao de leve a vida de Cristo, mas se ocupavam de outras personagens laterais à sua história, como “A Túnica”, por exemplo, mas também “Demétrio, o Gladiador”, “Barrabás” e tantos outros.


Depois, as salas de cinema deram lugar aos ecrãs de televisão, onde, por esta altura do ano, se atropelavam filmes bíblicos e séries, como o “Jesus de Nazaré”, de Zeffirelli. Devo dizer que me sabia muito bem ter a certeza que, por esta altura do ano em que se ouvia falar mais do “Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo”, eu podia sempre ver nos canais de televisão obras que já sabia de cor nalguns casos, outras que descobria com ansiedade, algumas ainda que se estreavam com estridência. A competição entre canais retirou-nos essas certezas, na Páscoa e no Natal, e não nos trouxe infelizmente nenhuma outra compensação à altura. Muitos dos nossos prazeres são repetir prazeres já experimentados. Que interessa saber que já tínhamos visto vezes sem conta Nuno Salvação Barreto a pegar o touro na arena de Roma, se a repetição do olhar nos proporcionava um duplo prazer, o de rever algo de que gostámos e o de recordar esse outro prazer de anos atrás? Se não fosse legítimo esse prazer, ninguém leria duas vezes o mesmo livro, todos se escusavam a ouvir duas vezes a mesma ópera ou sinfonia, ninguém olharia duas vezes para o mesmo quadro. O prazer da redescoberta, o gosto de saber que alguma coisa vai acontecer no momento já esperado, é algo que não se deve perder. Que a maioria dos humanos aprecia, e que o gosto pela novidade não deve destruir. O equilíbrio entre o já visto e o novo pode, e julgo deve coexistir.
Tenho, todavia, que me interrogar sobre este gosto pelo filme bíblico. Sempre gostei de História, é certo, e não foi contrariado que cursei História, em Letras, na Universidade de Lisboa. Fi-lo por gosto. Não sei mesmo se, havendo na altura um curso de Cinema (que não havia!), não teria, à mesma, preferido História, ainda que não seguisse profissionalmente essa estrada. Mas o curso de História permitiu-me privar com grandes professores e obter uma base humanista e metodológica preciosa, inclusive para o que pretendia fazer em cinema. Sempre achei que o mais importante era desenvolver (e possuir) capacidades intelectuais, que as tecnológicas logo viriam, ou não, por acréscimo. Por isso frequentei História, por isso sempre gostei de História. Quem gosta de História gosta de histórias, de enigmas, de mistérios a decifrar. Deverá ser por essa via que me advém o gosto pela vida de Cristo, aliado aos mistérios da Sua Paixão.
A verdade é que numa sala de cinema ou no dia a dia, a Páscoa me tocou sempre fundo. A minha família não seria de católicos assumidamente praticantes, daqueles que vão à missa todas as semanas, mas tive pai e mãe que não descuravam os ensinamentos da Santa Madre Igreja e me procuraram incutir o que de melhor havia na moral. Foi talvez a educação que me aproximou da religião e dos seus grandes mistérios, mas algo em mim sempre me fez sentir fascínio por duas épocas muito particulares, o Natal, em primeiro lugar, que sinto sobretudo como uma grande festa de família, a Páscoa, logo a seguir, por razões que se devem prender a muitos aspectos. Por ser, de certa forma, a festa da ressurreição, o mesmo é dizer da primavera, mas por ser também um período de quase terror a envolver as igrejas, o cerimonial religioso, o luto. Nestes dias, a proximidade do mistério da morte é muito maior, o que para uma criança é algo que aterroriza, mas igualmente fascina, pelas interrogações que provoca.
A Páscoa mais recuada de que me lembro, situo-a em Portalegre, na década de 50. Terra de província, fechada, perdida num Alentejo profundo, rodeada “de oliveiras e sobreiros”, como cantava o poeta, era terra de algum desespero e muita miséria para o trabalhador rural que não raro fugia dessa desesperança atirando-se do alto do ramo forte de uma árvore, pendurado numa corda. Como um dia, pela manhã, eu surpreendi um, numa azinhaga que corria ao fundo da rua de Elvas onde eu morava. Partia para a escola, quando vi, ao fundo da rua, grande alarido e ajuntamento de populares. A curiosidade falou mais alto do que a necessidade de chegar a horas às aulas e lá fui furar entre o pessoal que rodeava uma vetusta árvore, donde pendia inerte um homem. Enforcado. À minha volta, segredava-se o desespero que o levara a ficar com os pés bem acima da minha cabeça, balouçando-os com o vento suão, o tal “que atira a corda aos desgraçados”. Era um Inverno bem pesado, e a cabeça pendia de lado. Ouvia eu dizer que estava azulada, não do azul do céu sem nuvens, mas de um azul cinza chumbo. Terá sido a primeira vez que vi a morte e um cadáver à minha frente. Tinha, sei lá, dez, doze anos e uma completa inocência existencial, bem aquecida até aí pelo carinho da família.
Foi por essa altura, nessa terra que, mesmo sem mistérios de Páscoa, continha já uma súmula de desespero grande, que comecei a tomar contacto consciente com a paixão e a ressurreição de Cristo. As igrejas, paramentadas de roxo, começavam por encobrir as imagens, as famílias percorriam as ruas, entrando em cada templo que encontravam e ali se detinham em oração, havia fúnebres procissões que percorriam as ruas da cidade, ou as de algumas freguesias quase fora de portas, chegando depois o domingo da boa nova, sendo a ressurreição anunciada de casa em casa pelo senhor prior que vinha acompanhado pelo sacristão, precedido de campainha anunciadora. As portas das casas estavam abertas, as do rés-do-chão, mas também as de prédios de vários andares, que o padre subia ofegante, para se sentar depois à volta de um cálice de Porto e de um bolinho, caseiro, confeccionado na véspera com particular esmero para a ocasião. Um bolinho, ou um sortido de bolos secos, dispostos em pequenos pratos, chamados pires (designação que sempre odiei), com “naperons” por baixo, garrafa de Porto e cálice ali bem ao lado, tudo em cima de uma engalanada camilha que, durante o Inverno, era o refúgio para o frio gélido que soprava dos lados da serra de São Mamede.
Serra de São Mamede: boas recordações de tardes de Abril primaveris e domingos de Páscoa em que as famílias partiam de farnel aviado para comer o cabrito em piqueniques que rolavam dolentes pela tarde toda. Uma tarde dessas, de domingo de Páscoa, lembro-me de partirmos serra acima, num carro alugado para o efeito, eu, os meus pais, e um amigo da casa, o poeta José Régio. Desdobrava-se a toalha, lá onde havia a sombra de uma árvore, estendia-se o pano sobre a terra, depois colocavam-se talheres e pratos, uma assadeira grande onde fora assado o cabrito e onde viajara connosco serra acima, acompanhado de boas batatas novas bem embebidas no molhonão devia ter ponto?, havia garrafas e copos, pão, folares e muita conversa à solta. Pela encosta da serra, viam-se famílias e mais famílias, grupos de amigos, enquanto a tarde ia caindo… lentamente, ao ritmo de uma província alentejana dos anos 50.
O pai era alto, de careca luzidia desde muito novo (não me lembro de o ter visto com mais cabelo), com uns olhos azuis límpidos, e umas mãos largas que pintavam coisas maravilhosas, como, por exemplo, retratos dessa mãe loura e bonita como não havia outra, ou paisagens como a serra de São Mamede. Havia ainda retratos meus que me obrigavam a estar quieto horas a fio, “a posar”, dividido entre o tédio de nada poder fazer e a observação quase obsessiva de ver pintar, de assistir à tela branca que lentamente vai sendo riscada pelo carvão, depois esboçada pela tinta, coberta pelas cores, trabalhada pelo pincel.



Era assim a Páscoa em Portalegre, mas não só. Num ano ou dois, a família viajou até Sevilha para assistir à Semana Santa. Foi o triunfo do terror, mas de um terror libertador, se assim o posso chamar. Assistir nas “calles” de Sevilla à passagem das procissões, o que normalmente acontecia à noite, era um espectáculo indescritível. Dos dois lados das avenidas estendiam-se bancadas que se apinhavam de gente, conversadora, aberta, generosa. Enquanto se esperava pela passagem dos andores (os palos), a gente ia comendo e bebendo e oferecendo entre si o que cada um possuía. Lembro-me de uma Espanha pobre, triste, cansada pela guerra que acabara há pouco e deixara pesadas marcas, mas lembro também que os rostos se iluminavam e as mãos se estendiam. Sentia-me bem naquele calor humano que invadia as ruas e se prolongava noite dentro. No meio dos meus pais, aconchegado entre ambos, via aproximarem-se os peregrinos, nos seus trajes sem rostos, martelando dramaticamente o empedrado com bastões de madeira, e o medo crescia em mim. Os capuzes negros, brancos ou roxos, consoante as cores das congregações, o ritmado do estrondo dos sons, a música religiosa, os coros que ecoavam pelas ruas, as imagens de Cristo da cruz, dilacerantes de dor, a noite sobre a cidade, as portas das igrejas abertas, como cavernas escuras, que vomitavam às centenas, aos milhares os peregrinos misteriosos, tudo isso se repercutia em mim de forma avassaladora. Sentia um misto de medo e conforto, medo pelo que via, conforto por ver o que via no meio dos meus pais, entidades que sentia protectoras e apaziguadoras. Se ali estava, levado por eles, nada daquilo poderia fazer mal, ainda que as ameaças surgissem a cada passo. Essas imagens nunca mais as vou esquecer, são espólio de uma vida que procuro transmitir aos que mais quero. Por isso, teria o meu filho Frederico mais ou menos a minha idade nessa altura, lá o levei a descobrir também a Semana Santa em Sevilha, para ele sentir o mesmo, ou algo parecido ao que eu sentira três décadas antes. Procurei que o conforto fosse idêntico também, a sua mão na minha e na da mãe, enquanto via passar pelas ruas da cidade as mesmas procissões, agora um pouco mais abrilhantadas pela necessidade turística, agora mais sumptuosas pelas possibilidades que são outras, muito diferentes das por que se passava no pós-guerra. Aliás, nesses anos que se seguiram à Guerra Civil, ao triunfo do franquismo sobre o anti-clericalismo da República, as cerimónias religiosas em Espanha espelhavam naturalmente essa “vingança” surda da Igreja (e do próprio Estado) contra aqueles que a tinham perseguido, exibindo sem pudor a sua força, a sua grandeza, a sua tradição opressiva na liturgia e no cerimonial. Por essa altura de Guerra Civil, eu pouco sabia, apenas uma ou outra informação que os adultos iam deixando cair, mas essa dimensão sobre-humana de algo que se não entende, de um mistério que nos ultrapassa e nos inflige um medo oculto e silencioso, paralisava-me de terror, mas também causava algum prazer, um frisson miudinho que alimentava a imaginação.
A Semana Santa passei-a depois, ao longo da vida, em várias cidades e locais diferentes. Vi (pela televisão) flagelações brutais nas Filipinas, mas fiquei-me pacatamente pelas procissões em Évora (a Páscoa para mim ficou para sempre ligada ao Alentejo) ou em Braga. Há dias, da janela da minha casa, em Lisboa, vi passar uma estranha e insólita procissão, na Av. de Roma. Meia dúzia de paramentados de branco a abrir, um sacerdote, meia centena de fiéis com velas, um carro com auto-falante a fechar, a total falta de mistério, apenas o inesperado. Caminhando rumo a quê? À sobrevivência da religião, numa sociedade predominantemente materialista e isenta de valores? Ou, pelo contrário, rumo ao progressivo apagamento, à dissolução por entre arranha-céus, supermercados, canais de televisão generalistas, multinacionais sem alma (desalmadas), violência expedita e vagas de insensibilidade?


2. QUO VADIS
“Quo Vadis” é um grande filme, uma superprodução, a maior até então (1951) tentada, mas não é um grande filme como obra de arte. É uma data na história do cinema, é um filme extremamente interessante sob vários pontos de vista, mas mostra debilidades que o avançar dos anos tornaram mais visíveis. Claro que, no inicio dos anos 50, quando estreou, constituiu um acontecimento. Pela história, pela monumentalidade da reconstituição histórica, pelo número de figurantes (mais de 35.000, neste tempo, apesar de alguns efeitos especiais que multiplicavam multidões, não havia imagens digitais, cada par de mãos que se via no ar correspondia a uma pessoa), pelo elenco, com um assinalável peso inglês (entre os principais actores quase só Robert Taylor era americano), pelos cenários naturais onde decorre a acção (o filme foi rodado em Itália, e parcialmente nos estúdios da Cinecittá).
O romance do polaco Henryk Sienkiewicz (1846-1916), juntamente com “Ben-Hur: A Tale of the Christ”, de Lew Wallace, é talvez das obras mais adaptadas ao cinema, ao teatro, à ópera, a tudo quanto se possa imaginar. O autor, que foi dos primeiros a receber o Prémio Nobel da Literatura, era um católico obsessivo, e a obra ressente-se talvez um pouco disso, segundo alguns historiadores. As ditas “liberdades poéticas” são mais que muitas e mesmo a interpretação global do período histórico é muito discutível. Pertence mais à lenda do que à história e, sobretudo, tem uma característica muito curiosa. Sendo o filme de 1951, poucos anos após o termino da II Guerra Mundial, não é de estranhar que esta tenha influenciado em muito a caracterização de certas personagens e situações. É fácil identificar as perseguições aos cristãos no tempo de Nero com as perseguições aos judeus durante o Holocausto. Obviamente, a impressionante figura de Nero, fabulosamente interpretada por Peter Ustinov, remete em muito para o próprio Hitler. Claro que nenhuma destas correspondências estão no romance original, publicado em 1895. Portanto, este tema vai sendo sucessivamente adaptado a realidades novas, o que quer dizer que a promessa que se escuta, no final do filme, de que tempos de paz e de concórdia se seguiram, não teve qualquer vislumbre de verdade. Mesmo após a morte de Nero, o que se seguiu foi um tenebroso período de guerras civis conhecido como o “ano dos quatro imperadores”. Se se pensava em 1951 que a paz iria surgir também a História se encarregaria de desmentir esta profecia. Nada nos diz, presentemente, à luz das mais recentes investigações históricas, que Nero fosse o que a tradição diz dele, que a sua “arte” fosse tão ridícula como o filme nos faz crer. Também as perseguições aos cristãos teriam outras leituras, e muito haveria a dizer de muitas outras “liberdades” que a ficção se permitiu.
O filme tem momentos de uma monumentalidade que ainda hoje surpreendem. O cortejo dos generais romanos que regressam a Roma triunfantes é um dos iniciais, mas o incêndio de Roma e a chacina de cristãos no circo romano são momentos de antologia. As festas no interior do palácio e alguns interiores criteriosamente reconstituídos merecem referência, que o magnifico Tecnicolor da época faz ressaltar. O elenco não deslustra, ainda que Robert Taylor deixe algo a desejar. Mas é sobretudo nalguns aspectos do guarda roupa e em certos adereços que se sente algum artificialismo que o andar dos anos tornou mais evidente. De qualquer forma, um filme importante, que está na base de dezenas de outras obras “históricas” surgidas nos anos 50 e 60 e que caracterizaram esse tempo.  
 

QUO VADIS
Título original: Quo Vadis
Realização: Mervyn LeRoy e Anthony Mann (este não creditado) (EUA, Itália, 1951); Argumento: John Lee Mahin, S.N. Behrman, Sonya Levien, Hugh Gray, segundo romance homónimo de Henryk Sienkiewicz; Produção: Sam Zimbalist; Música: Miklós Rózsa; Fotografia (cor): William V. Skall, Robert Surtees; Montagem: Ralph E. Winters; Casting: Mel Ballerino, Irene Howard; Guarda-roupa: Herschel McCoy, Joan Joseff; Coreografias: Aurel Milloss, Marta Obolensky; Direcção artística: Edward C. Carfagno, Cedric Gibbons, William A. Horning; Decoração: Hugh Hunt, Elso Valentini; Maquilhagem: Sydney Guilaroff, Joan Johnstone, Charles E. Parker; Direcção de Produção: Mack D'Agostino, Henry Henigson, Luciano Sacripanti; Assistentes de realização: Peter Bolton, Sergio Leone, Anthony Mann; Departamento de arte: Donald P. Desmond, Mentor Huebner, Italo Tomassi; Som: Douglas Shearer, Piero Cavazzuti, Robert B. Lee; Efeitos especiais: A. Arnold Gillespie, Tom Howard, Donald Jahraus, Belita Pechtl Klant, Jean Michon; Efeitos visuais: Peter Ellenshaw; Consultor histórico: Hugh Gray; Consultor de Technicolor: Henri Jafra; Companhias de produção: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM); Intérpretes: Robert Taylor (Marcus Vinicius), Deborah Kerr (Lygia), Leo Genn (Petronius), Peter Ustinov (Nero), Patricia Laffan (Poppaea), Finlay Currie (Peter), Abraham Sofaer (Paul), Marina Berti (Eunice), Buddy Baer (Ursus), Felix Aylmer (Plautius), Nora Swinburne, Ralph Truman, Norman Wooland, Peter Miles, Geoffrey Dunn, Nicholas Hannen, D.A. Clarke-Smith, Rosalie Crutchley, John Ruddock, Arthur Walge, Elspeth March, Strelsa Brown, Alfredo Varelli, Roberto Ottaviano, William Tubbs, Pietro Tordi, Sophia Loren (uma escrav de Ligia), Walter Pidgeon (narrador), Bud Spencer (guarda imperial), Elizabeth Taylor (prisioneira cristã na Arena), entre milhares de figurantes. Nuno Salvação Barreto, o forcado português, dobrava como duplo, o actor Buddy Baer, na cena da pega do touro (não aparece creditado).Duração: 171 minutos; Distribuição em Portugal: MGM Filmes; Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 9 de Outubro de 1952.


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